No século XIX território era espaço de grandes proprietários de terras onde a criação de gado era a principal renda econômica. Esses donos de terra derivavam de aventureiros que outrora invadiram o sertão em busca de grandes metais preciosos introduziram a atividade criatória com a pecuária dessa forma colaborando para a formação de uma rede urbano-regional nesse pedaço de sertão baiano, com fornecimento de carne, de couro e de bois de serviço.
A característica principal desses grandes fazendeiros era a hegemonia do poder firmada na extensão de suas propriedades, quanto mais terras possuíam, mais poderosos eram. seus empregados, trabalhadores da fazenda, sobreviviam na base da troca da força de trabalho por terra, e alimentos que a fazenda produzia.
As boiadas invadiam a caatinga tendo o vaqueiro como um trabalhador sem conforto, que vivia a base de carne e do leite do gado.
O caminho do gado passa por Caetité e Maracás ao sul e pela vila de Santana do Camisão (atual cidade de Ipirá) Santo Estevão do Jacuípe mais ao centro do território baiano levando as reses até Feira de Santana, nesse período, a maior zona de abastecimento e produção de gado da Bahia. O gado que chegava a Feira de Santana era distribuído para Salvador, passando por Mata de São João, feira de gado Capoame (oito léguas da capital, hoje Dias D´Ávila) e Divino Espírito Santo de Abrantes (hoje Abrantes), localidade com comarca ligada a Mata de São João; anos mais tarde adentraria pela Liberdade, se chamando Estrada da Liberdade, passando por Pirajá; nesse contexto a estrada das boiadas é também palco de lutas pela independência da Bahia, tendo como um de seus lideres o general Pedro Labatut.
Fonte de pesquisa: artigo on-line da UFBA.
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